quarta-feira, 4 de julho de 2012

O que você quer ser quando crescer?

Quando era pequena me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse. E eu respondia: veterinária! Minha irmã dizia que seria bailarina, um amigo, bombeiro. Quem não sonhou em ser fotógrafo, piloto de avião, modelo, sei lá? Porém o que ninguém parecia se dar conta era que nossa resposta era o que queríamos FAZER. Ninguém É engenheiro, as pessoas fazem engenharia; é uma profissão e não definição de caráter. Somente descobri a diferença entre um e outro depois de adulta e nessa época meu fazer era viajar e aprender com a vida. Depois de perceber que o que sonhava ser desde criança não me faria feliz, me perdi. Como se pode fazer uma escolha quando as possibilidades são infinitas? Foi então que descobri o que eu queria SER e o entendimento do que fazer veio junto, automático, perfeitamente claro. Tendemos a definir nossa personalidade a partir de nossa profissão. Fazemos aquilo que esperam de nós ou o que nos dará uma boa imagem, ou algo que nos faça sentir parte da sociedade. E esquecemos que antes deveríamos ter escolhido como queremos ser. No meu caso para me sentir feliz (e realizar o que quero ser), devia simplificar minha vida. Ao precisar de menos coisas, precisaria também passar menos horas trabalhando para consegui-las. E o tempo restante poderia dedicar ao ser. Não seria muito mais interessante se apresentar dizendo: Oi, sou fulaninha de tal, sou compreensiva, em vez de dizer Oi, sou fulaninha de tal, sou médica? Portanto, para aqueles que se sentem perdidos, aqui vai meu conselho, vindo de quem já passou pelo mesmo... Sejam, acima de tudo, felizes e descubram o necessitam para se-lo. O resto é consequência.

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