domingo, 28 de agosto de 2016

Aventureira

Por algum motivo idiota e incompreensível a nossa sociedade acha necessário que as pessoas se definam. Aparentemente é preciso saber quem se é para poder de fato ser alguma coisa. Faz sentido? Não. Mas é assim. Ridículo.

Enfim, partindo deste preceito, andei matutando sobre as minhas definições (malditas sejam!) e cheguei à conclusão que uma das mais fortes  é que as pessoas tendem a me considerar aventureira. E claro que têm base para isso, e!bora eu siga me considerando a pessoa mais medrosa do universo! O problema é que quando as pessoas e você mesmo criam expectativas sobre aquilo que você é e como deve agir fica bem mais difícil mudar ou assumir a mudança né.

E deixa eu dizer que muito embora eu tenha viajado bastante e certamente não negaria uma viagem a algum lugar paradisíaco se me fosse oferecida (quem não?) a vontade de bater pernas pelo mundo parece diminuir na mesma proporção que minha sabedoria aumenta (sonho meu rsrsrs).

Verdade que ocasionalmente os pés coçam e minha tendência é fugir pra bem longe a cada vez que as coisas não acontecem como eu gostaria (aparentemente minha mente é maravilhosa e funciona perfeitamente exceto quando deveria prever o futuro), mas cada vez menos quero passar meses a fio longe do lugar que é minha casa. Cada vez menos que ir pra extremamente longe e nunca mais voltar. Talvez tenha a ver com a idade, maturidade ou simplesmente a alma canceriana lutando para vir à tona e suplantar um pouco do espírito aquariano rebelde.

Por um motivo ou outro a ideia de ter uma tiny house no paraíso (ahã, até parece, rsrsrs) parece bem mais promissora ou mais romântica que seguir caminhando eternamente mundo afora (não que uma coisa impeça a outra).

Asas nos pés foi o que ouvi dizer sobre mim, mas a verdade é que não interessa para quão longe minhas desilusões me levem, a volta para casa é sempre certa.

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